terça-feira, 17 de novembro de 2015

028 - Ensinando Direitinho?

Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada, crionças amadjeenhas de Tom!!!
Que bom lhes ver de novo!!! Ficaram com saudades e Tonzinho? por favor, digam que sim, eu sou muito carente, cês nem têm idéia!
Algumas semanas atrás, houve um encontro de dois dos Trigêmeos: a Filmoteca falou sobre "Chicago", enquanto a Discoteca discorreu sobre a sua trilha.
Desta vez, um novo encontro entre a Discoteca e a Filmoteca se deu, para alegria de quem curte meus Trigêmeos e tristeza de criaturas tristes e recalcadas quem não curtiu tanto assim, ou simplesmente odiou - neste caso, morram tod@s (CALMA, GENTE, EU ESTOU BRINCANDO!!!). Uma série de acontecimentos interligados me fizeram decidir por mais este set de postagens conjuntas. Me aparece uma obra que deveria ser algo apenas para aqui se desdobrou para a Discoteca mei'de boa. E aqui estamos!
E bora começar os trabalhos!

Fonte da imagem: http://discotequizando.blogspot.com.br/

Álbum: Uma Escola Atrapalhada
Artista: Vários
Gravadora: Columbia/Sony Music
Data de lançamento: 1990
Falar sobre Uma Escola Atrapalhada, o filme, não foi realmente tarefa fácil. Diferentemente de "Super Xuxa Contra o Baixo Astral", não se trata de um filme que eu particularmente tenha curtido na infância - estava até perdido em algum ponto da minha memória, até que encontrei uma interessante postagem no Buzzfeed que me despertou a curiosidade de rever o filme e descobrir se é, mesmo, essas coisas.
... o resultado, você confere na Filmoteca, tá? (ou até por aqui, mesmo, se eu não conseguir me segurar enquanto escrevo este texto!)...
Enfim, na busca do filme, também encontrei sua trilha sonora. Fiquei tão intrigado por a trilha sonora dum filme com tantos talentos musicais (digo isso sem juízo de valor, por ora, juro!) ser um mero EP com quatro faixas! Se cada pessoa do elenco que já havia atuado em musicais ou mesmo já tinha uma carreira musical contribuísse com um "Se Essa Rua Fosse Minha", dava para rolar uma ciranda inteira por mais de quarenta minutos. Mas enfim, né? Vamos por faixa-a-faixa!
Fonte da imagem: http://oglobo.globo.com/
O EP inicia com a faixa-título, que inclusive abre o filme. Eu não sei quanto dinheiro Lincoln Olivetti ganhou pra fazer isso, mas ele deve ter levado o arrependimento até o túmulo! E ainda arrastou a esposa pra essa bomba de cd. Dividindo os vocais com Claudia Olivetti, um certo Nill, recém-saído do grupo Dominó (sim, aquele de onde saíram Afonso Nigro, Klaus Hee, Rodrigo Phavanello e Rodrigo Faro). Dizer que a faixa é constrangedora chega a ser algo pleonástico, mas fiquemos neste adjetivo, mesmo. Deve ser por isso que o Nill eventualmente largou a música pop e foi virar advogado e pastor evangélico.
Fonte da imagem: http://angelicaltouch.weebly.com/
Após um início, por assim dizer, meia-boca, a segunda faixa ofereceu algum suingue e vitalidade à trilha. Falem o que quiserem, mas "Angelical Touch" é OURO! A canção escrita por Debarros Filho tem um jingado muito bom, e uma atitude que provavelmente não casa com a sua cantora (que passou alguns anos insistindo em buscar este tipo de material, sem nunca conseguir convencer). Nas mãos de alguma intérprete mais capaz, seria uma canção perfeita, mas com Angélica, deve se contentar em ser algo próximo de "excelente" (convenhamos, já é um feito). Sim, é um jingle descarado, mas fez sucesso, sobreviveu ao produto que anunciava (uma linha de cosméticos - que também foi um sucesso) e ainda é lembrada até hoje. Não é isso o que faz uma canção pop, para o bem e para o mal?
Com cinquenta por cento do álbum já posto, a trilha de Uma Escola Atrapalhada, embora não exatamente algo brilhante, parecia estar em algum caminho próximo a algo empolgante. Como nem tudo são flores, ainda há uma terceira e quarta faixas remanescente neste EP.
Fonte da imagem: https://www.youtube.com/
"Pisa em Mim", é contribuição do então jovem Eduardo Smith de Vasconcelos Suplicy, mais conhecido pelo povão como Papito... ops, Supla! Pois é, antes de ser motivo de piada para a maioria da população que cresceu vendo a MTV Brasil após a metade dos anos 1990 um jurado de programa de calouros extinto e metade de um duo com o irmão, o rapaz era vocalista da Tokyo, uma banda punk de boutique, e povoava os desejos das meninas loucas do orós oitentistas. O que dizer de uma faixa que se diz rebelde vinda dum cabra podre de rico (que a escreveu a DEZ MÃOS) e cujo refrão diz "E só pisa em mim / E me deixa assim!"? Sem mais argumentos.
Fonte da imagem: http://filmesparadoidos.blogspot.com.br/
A faixa que enterra de vez finaliza o disco e é do grupo Walking Deadizado Polegar (sim, aquele mesmo, do Rafael Ilha, o cabra que ingeriu uma PILHA...). "Sou Como Sou" é uma versão de "Soy Como Soy", composição de Marco Flores e Gerardo Flores gravada pelo grupo musical mexicano Timbiriche (de onde saiu uma PANCADA de gente que domina o pop latino de hoje, como Paulina Rubio, Erik Rubín e Maria Mercedes-Marimar-Maria do Bairro Thalia), feita pelo mago Edgard Poças. O pobre já deveria estar cansado de ter que fazer milagres com as bombas impostas pela Columbia para o repertório dos grupos infantojuvenis - tanto é que, desta vez, não rolou. Não sei como é a original, mas esta versão não me fez sequer ter vontade de procurar. E é neste tom que a trilha do filme se encerra.
Antes mesmo de encerrar a audição, já estava claro, para mim, que o negócio já estava fadado à obscuridade. Quem diria que a (tentativa de) salvação de um álbum viria com a senhora Luciano Huck? Eu certamente seria o primeiro a dizer que não! Mas este EP nos prova tod@s errados. O negócio é que o material restante nem cria expectativa até este momento, nem consegue acompanhar o momentum gerado. Virou uma oportunidade perdida.
Pensando bem, a trilha é exatamente o que se espera dela, dado o filme de onde se origina. Uma pena que o filme não tem duração equivalente à desta obra.

VEJAM TAMBÉM!
Biblioteca

"Manual do Arquiteto Descalço"
(técnico)
Johan Van Lengen
Filmoteca

"O Melhor Amigo"
(curta-metragem)
Allan Deberton

Nenhum comentário:

Postar um comentário